07 Abr, 21

A pandemia, junto ao isolamento social, e a necessidade de quebrar a sensação de aprisionamento em casa direcionou novamente os holofotes para a integração de ambientes, mas agora de outra forma. Se antes, o objetivo da integração das áreas de uma residência era para poder receber bem os amigos e familiares em visitas pontuais, agora passou a ter uma demanda funcional: as famílias estão convivendo mais no ambiente físico do lar. E agora, o acolhimento no lar e o aconchego de quem está perto se torna mais importante, portanto, nada de ficar isolado na sala de TV, no quarto ou no escritório. Um dos instrumentos usados para promover esse movimento de aproximação das famílias é a decoração. Mudanças no layout fazem toda a diferença para dar amplitude aos espaços. 


Facilitar a conexão dos moradores é um dos desafios, nada fáceis, encarados por alguns renomados profissionais, como por exemplo o experiente e premiado arquiteto brasileiro Carlos Rossi. Com mais de 25 anos de história e projetos desenvolvidos em diversos estados brasileiros e países da Europa, América Central e África, ele apresenta seu novo trabalho em Goiânia, em que aplica de forma inovadora a personalidade e funcionalidade, duas “marcas registradas” de suas criações. 


Rossi assina os apartamentos decorados do World Trade Center (WTC) Goiânia, sendo três unidades residenciais distintas e um modelo office. De forma simples, ele propõe a releitura da integração dos ambientes nos detalhes. Os três decorados residenciais assinados pelo arquiteto adotam o conceito ao integrar alguns ambientes da casa, porém com layout focado na família.


“O sofá, por exemplo, tem um desenho mais baixo para dar uma sensação de amplitude entre todos os ambientes e a mesa de jantar é voltada para quem está na cozinha, proporcionando que aquele que está cozinhando esteja integrado com os demais, enquanto as crianças estão no sofá se divertindo. É um living bem família”, explica o arquiteto que usou este modelo no decorado de três quartos.


Em outro modelo, ao invés de colocar uma parede de alvenaria entre a sala e a cozinha, foi escolhida uma estante vazada que, além de servir como decoração, também é funcional. “Em um mesmo espaço se pode colocar a televisão, os objetos decorativos e servir para armazenar coisas para a cozinha, como louçaria”, afirma Rossi. Segundo ele, essa integração permite um ambiente mais orgânico e uma circulação mais fluida no apartamento.


Até mesmo quem pretende morar sozinho pode optar por um layout que permite a integração entre os ambientes do apartamento ao invés de segmentar o dormitório dos demais ambientes com alvenaria. No decorado do studio do WTC, apartamento de um quarto, Carlos Rossi pensou em um layout que permite diversas adaptações e configurações de acordo com a vontade do futuro morador. 


“Esse design, não fragmentado, é diferenciado porque a pessoa, ao chegar em sua moradia, tem a sensação de transparência no ambiente. É uma ideia ousada para se ter a sensação de que a pessoa sabe tudo o que acontece por ali. Além disso, há uma preocupação com a funcionalidade, já que o morador pode colocar uma porta de correr seguindo a mesma paginação da divisória se ele quiser se isolar dos demais ambientes da casa”, detalha o arquiteto que já recebeu prêmios internacionais, como o concurso Americas Property Awards por dois anos seguidos (2014 e 2015).


Ousadia e uso inteligente


Uma das ideias ousadas do arquiteto é usar as costas da cama para fazer a divisão entre os ambientes. Com isso, é possível aproveitar a maior parede do espaço para colocar um grande armário, por exemplo. A proposta serve bem para apartamentos compactos, de um quarto. Ele usou a estratégia no studio do WTC Residence. “Saímos do óbvio em relação ao layout porque o mais usado é colocar a cama virada para a outra parede com uma parede setorizando esses dois ambientes em uma configuração original. Quando tivemos essa ideia de fazer uma divisória transparente entre sala e dormitório, pensamos que seria interessante colocar as costas da cama e fazer essa divisória como se fosse uma cabeceira e aproveitar melhor a maior parede”. No local, ele privilegiou os tons de madeira com tijolinhos, cimento queimado em perfil preto com sofá em tom azul marinho para fazer o contraponto com o ambiente.


O espaço também é valorizado por seu uso inteligente. Um exemplo é a suíte do apartamento de dois quartos que valoriza a amplitude. “Não é porque o ambiente é grande que serve de motivo para colocar uma mesinha ou enfiar coisas para ocupar todas as áreas do apartamento. Temos que construir espaços de maneira inteligente para não obstruir os locais de passagem e circulação”, detalha Rossi.


Os espaços office também resgatam a integração. Um dos elementos que recebe atenção de Rossi é a integração das salas de reunião, por exemplo. Ele apostou na instalação de divisória com elementos de transparência, que integra mas também permite certa privacidade na sala da diretoria, que conta com espaço para reunião interna e mesa para encontros pessoais.  


No WTC Goiânia, um complexo mixed-use, que reúne em um mesmo local áreas de moradia, corporativas e espaço para lazer, o arquiteto propôs a ideia para as salas office que inspiram a decoração de escritórios de publicidade e arquitetura, por exemplo, pois permite mais ousadia e criatividade. O arquiteto adotou o azul marinho e, na recepção, há tons quentes e iluminação mais indireta e difusa. 


Os interessados em conhecer os projetos de Carlos Rossi podem agendar uma visita à central de decorados da Consciente Construtora e Incorporadora pelo site www.wtcgoiania.com.br.



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