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(62) 3086-5000Por causa da falta de oxigenação no cérebro quando era bebê,
Felipe Inácio Alvarenga, de 36 anos, teve dificuldades no aprendizado da fala,
locomoção e raciocínio. Ele superou as dificuldades e faz questão de ajudar
outras pessoas a crescerem na vida, coordenando a implantação de salas de aula
em construções de prédios em Goiânia, além de ajudar os funcionários com
óculos.
“Muita gente teve de parar ou nem conseguiu estudar por
falta de oportunidade. Quero dar essa oportunidade e incentivar as pessoas a
crescerem, se tornarem mestre de obras, técnico em segurança ou o que quiserem.
Saber que você muda a vida de pessoas é gratificante”, disse Felipe.
Ele afirma que a ideia da escola na obra surgiu porque notou
a dificuldade dos funcionários em assinar o contracheque e de entender projetos
da própria obra. Mais de 300 alunos já se formaram desde 2009, quando o
programa foi implantado. Atualmente, 15 colaboradores assistem às aulas após o
trabalho no canteiro de um prédio no Setor Bueno.
O carpinteiro Gercino Neves dos Santos, de 37 anos, está
entre os estudantes e conta que, se tivesse de sair da obra, ir para casa e, só
depois, seguir para uma escola, provavelmente não teria ânimo. Como a aula é na
obra, não tem justificativa para faltar.
O funcionário mal sabia escrever o próprio nome quando
iniciou as aulas. Nove meses depois, já consegue ler.
“Não lia nada no celular, placas, no banco. Agora já
consigo, mesmo que gaguejando um pouco. Se eu der conta de manter o estudo,
quero fazer algum curso profissionalizante”, contou o carpinteiro.
A aula tem duração de duas horas por dia e integra o
programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA). O projeto da escola nas obras é
realizado em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi), que fornece professores
e o material didático.
Paula Gabriela Ribeiro Reis, de 26 anos, leciona há seis
anos para funcionários da construção civil. “O percentual de falta deles é
muito baixo. Os colegas incentivam um ao outro também. A maioria chega sem
saber escrever. No dia que conseguem assinar o contracheque, eles vêm e me
contam. É uma alegria muito grande”, relata a professora.
De acordo com Felipe, mesmo que a pessoa não trabalhe na empresa dele, a Consciente, ela pode estudar na obra, desde que esteja ligada à construção civil. Para isto, pode procurar o Sesi e se inscrever.
Outro problema descoberto no dia a dia das obras é que
muitos funcionários têm dificuldade em enxergar. Por isto, Felipe buscou apoio
junto com o Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias (Secovi) para ajudar os colaboradores
a comprarem óculos.
“O operário às vezes não sabe enxergar direito o quadro e
nem bater o martelo. Nisso, pode se machucar também. A gente paga a metade dos
óculos”, afirmou Felipe.
Fonte: G1
Categorias: Sustentabilidade
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